sexta-feira, 14 de novembro de 2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"tem mais presença em mim o que me falta". / foi-se manoel de barros

Ainda ontem era o maior poeta vivo do Brasil. Hoje o eterno se veste de inutilezas. 


O coração do grande poeta parou de bater depois de 97 anos. Assim desejava Manoel de Barros, pois sem ler e escrever, a vida já não valia mais a pena.


Mia Couto assim definiu o irrepetível poeta.

Alguns poemas em "mais informações":

terça-feira, 11 de novembro de 2014

o perigo da intolerância pós-eleitoral

Sobre inércia e intolerância pós-eleitoral

Por Hudson Luiz Vilas Boas
No blog Dissolvendo no ar
Reproduzido também no blog do nassif
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.". Mas "no quarto dia vieram e me levaram. Já não havia ninguém para reclamar".
(Martin Niemoler)
Ao ler a famosa frase do pastor luterano nascido na Alemanha e testemunha dos horrores da Segunda Guerra Mundial, simplesmente não dá para ficarmos calados diante da onda de ódio, preconceito e intolerância que toma conta de alguns setores ditos “politizados” do Brasil. Escolhermos nos calar nesse instante, significa pecarmos por omissão diante do monstro que aos poucos vai sendo fomentado por uma elite que se recusa a repartir até migalhas, quanto mais construir uma sociedade minimamente civilizada e que faça jus, ao menos, de ser chamada de democrática.
Estou lendo com muita atenção a obra recém lançada do filósofo francês Jacques Rancière“Ódio à Democracia” e é incrível perceber o quanto a conquista de direitos por minorias – entendamos por minoria os oprimidos política, cultural e economicamente – traz consigo a intolerância daqueles que antes detinham determinados privilégios.
Temos vivido isso nessas primeiras semanas pós eleições. Na verdade uma certa onda de intolerância e preconceito já nos ronda bem antes da campanha desse ano. Quem não se lembra da frase recheada de preconceitos jactada por Jorge Bornhausen em 2005? Naquela oportunidade o então senador pelo PFL de Santa Catarina expôs o sentimento de muitos dos seus confrades ao se referir ao PT, seus membros e simpatizante como “raça” – “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos ver livres dessa raça por pelo menos 30 anos”.
(segue em "mais informações")