terça-feira, 29 de julho de 2014

palestina 2

Lista provisória das crianças mortas na Faixa de Gaza:
(veja a lista clicando em "mais informações")

domingo, 20 de julho de 2014

palestina

Esta foto retrata Suhaib Hijazi de dois anos e seu irmão Muhammad de três, mortos em novembro de 2012 quando um míssil israelense atingiu a casa em que moravam em Gaza. O pai das crianças foi morto no mesmo ataque e a mãe foi internada em estado grave. Parentes, transtornados, carregavam as crianças mortas. A foto, de Paul Hansen, ganhou o prêmio da World Press Photo de jornalismo.
Lembrei desta foto porque neste momento, outras crianças também estão morrendo na Faixa de Gaza em ataques israelenses em retaliação às ações do Hamas.
Nesta última noite, pelo menos 40 pessoas foram mortas, um "massacre de civis", segundo o Ministério de Saúde em Gaza.
Os ataques aconteceram depois de um pacto de trégua. Segundo o site Ópera Mundi, "Durou pouco o cessar-fogo humanitário promovido pela Cruz Vermelha para evacuar palestinos de um bairro de Gaza. O governo de Israel e o Hamas tinham combinado neste domingo (20/07) uma trégua humanitária de duas horas no bairro de Shayahía, na cidade de Gaza, que foi intensamente bombardeado na noite de sábado."
"No momento em que o exército de Israel confirmou que aceitava o cessar-fogo, uma procissão de ambulâncias e viaturas de resgate se dirigiu ao bairro. Entretanto, poucos minutos após o começo da trégua humanitária, recomeçaram as explosões, causando caos na caravana de ambulâncias.lum dia depois de o Hamas ter proposto um atrégua e Israele teria aceitado"
Desde o início do conflito, 390(*) pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas.
A presidenta Dilma classificou a ofensiva israelense como desproporcional.

Não basta à Israel desconsiderar todas, absolutamente a todas as resoluções da ONU. Desconsidera também qualquer ação, como fez o governo de Netanyahu em setembro de 2011, à solicitação documental de intelectuais, cientistas e artistas, muitos deles judeus, em favor da criação do Estado Palestino, que já tem, inclusive, assento na ONU, mas que continua sendo desconsiderado olimpicamente por Israel e pelos EUA. Não há dúvidas: Israel continuará a exercer o seu impressionante poderio e fará o que bem entender e, ao que tudo indica, veremos mais fotos como essa de Paul Hansen.

(*) Hoje, 05 de agosto, já passam de 1.800 os palestinos mortos.

o belas artes reabre as portas


Em 18 de março de 2011 este empório, triste, postou o belas artes fecha as portas. Ontem, com filas imensas, reabriu. Salve!

domingo, 13 de julho de 2014

e a copa terminou...

Chegamos ao final. Alemanha campeã e Argentina vice mais uma vez em uma das melhores Copas da história. A seleção brasileira deu vexame dentro do campo e, fora dele, demonstrou viver uma realidade paralela através das entrevistas coletivas que beiraram o patético. Se na Copa de 1982 tivemos o personagem Pacheco, nesta tivemos a Dona Lúcia, figura que se candidata a ficar no folclore do futebol nacional. Mas, se a "pátria de chuteiras" e os profetas do apocalipse que apostaram que tudo iria dar errado perderam, o Brasil ganhou e muito. A Copa foi um sucesso em todos os sentidos. Alavancou uma imagem positiva do país nos quatro cantos do mundo, com a enorme receptividade dos brasileiros; com estruturas adequadas ao evento e com grande poder de organização. Não houve pane nas comunicações (muito ao contrário: foi a Copa mais conectada da história) nem nos aeroportos; os estádios ficaram prontos, os transportes funcionaram sem solavancos, levando milhares de torcedores que acompanharam suas seleções às cidades-sede, e, mesmo as manifestações que prometiam infernizar o mês de junho se apequenaram diante do envolvimento que a Copa proporcionou.
O impacto econômico também é outra grande marca. A Isto É Dinheiro publicou estudo da Fipe/Usp (ver matéria aqui ) que indica que a Copa movimentou R$ 30 bilhões. Destes, R$ 25 bilhões foram investimentos do governo federal em infra-estrutura. Os custos com estádios representaram R$ 8 bilhões e são empréstimos do BNDES. R$ 12 bilhões foram destinados à construção de corredores de ônibus e novas vias de acessos além de R$ 7,3 bilhões para a modernização de aeroportos. São legados que ficam. Foram criados 900 mil empregos durante a Copa. O setor de turismo também teve um retorno acima da expectativa. Diz a matéria da Isto É, que a cidade de São Paulo esperava um ganho de R$ 700 milhões mas a uma semana do encerramento da Copa o volume já passava de R$ 1 bilhão. Há ainda uma pesquisa que demonstrou que a grande maioria dos turistas que aqui tiveram tem o interesse de retornar.
Enfim, agora basta esperar que o Felipão e a sua turma, descansem em paz, nos seus recantos aprazíveis e que levem com eles os milionários vasos da CBF e os apocalípticos profetas que devem estar com uma ressaca danada.