Foi assim que Sartre se referiu a Camus tempos depois dos dois terem rompido a relação no início da Guerra Fria.
O pesquisador Ronald Aronson se debruçou sobre o relacionamento dos dois maiores expoentes das letras francesas do século 20, contextualizando a história que demarcou os limites de um e de outro no período que antecedeu a Segunda Grande Guerra e o início da Guerra Fria.
Não se trata de nenhum lançamento. O Livro foi lançado em 2005 e editado no Brasil em 2007 pela Editora Nova Fronteira, mas continua sendo uma obra única, em que a tessitura das tramas que envolveram Camus e Sartre estão ali, no livro, muito bem amarradas.
Olgária Matos escreveu na ocasião do seu lançamento, a resenha crítica que este Empório recupera.
Camus e Sartre, o duelo da ética
Como a Paris de Proust surgia por inteiro de uma xícara de chá, a cidade - agora existencialista - é a do Quartier Latin, onde se configuraram a amizade e a polêmica entre Jean-Paul Sartre e Albert Camus. Em "Camus e Sartre", Ronald Aronson reconstitui a conjuntura política, intelectual e dos afetos que aproxima Camus e Sartre na França dos anos 1930, mostrando dois amigos na contramão.
Enquanto Camus, já nos anos 30, se engaja na luta antifascista e se posiciona contra a política colonial na Argélia e, mais tarde, vem a ser o editor do "Combat" - jornal clandestino dos anos da resistência à ocupação alemã na Segunda Guerra -, Sartre se interessa apenas por questões epistemológicas e somente depois de 1941 começa a se aproximar da política. (continua em "mais informações")
Como a Paris de Proust surgia por inteiro de uma xícara de chá, a cidade - agora existencialista - é a do Quartier Latin, onde se configuraram a amizade e a polêmica entre Jean-Paul Sartre e Albert Camus. Em "Camus e Sartre", Ronald Aronson reconstitui a conjuntura política, intelectual e dos afetos que aproxima Camus e Sartre na França dos anos 1930, mostrando dois amigos na contramão.
Enquanto Camus, já nos anos 30, se engaja na luta antifascista e se posiciona contra a política colonial na Argélia e, mais tarde, vem a ser o editor do "Combat" - jornal clandestino dos anos da resistência à ocupação alemã na Segunda Guerra -, Sartre se interessa apenas por questões epistemológicas e somente depois de 1941 começa a se aproximar da política. (continua em "mais informações")