Uns poucos poemas de Jaime Sabines
Jaime Sabines, poeta mexicano, nasceu em 1926 e morreu no fim do século passado. Foi bem dito por Octavio Paz e é dono de uma voz muito peculiar, confessional e avessa a formalidades, que se desenvolveu à margem do prestígio adquirido com a figura pública, enamorado da coloquialidade da morte e do mito, por vezes, da morte do mito.
A brevíssima apresentação a seguir pretendeu acolher esse sentido nos critérios de seleção dos poucos poemas e das respectivas soluções em tradução. A edição que tenho em mãos é da Joaquín Mortiz, 2006, Recuento de poemas 1950 / 1993.
Do mito
Minha mãe me contou que chorei em seu ventre.
A ela lhe disseram: terá sorte.
Alguém me falou todos os dias da vida
Ao ouvido, pausado, lentamente.
Me disse: vive, vive, vive!
Era a morte.
(continua em "mais informações)Minha mãe me contou que chorei em seu ventre.
A ela lhe disseram: terá sorte.
Alguém me falou todos os dias da vida
Ao ouvido, pausado, lentamente.
Me disse: vive, vive, vive!
Era a morte.