terça-feira, 30 de agosto de 2011

a casa amarela

Gero Camilo é uma daquelas figuras que sintetizam o ser artístico. Poeta, dramaturgo, ator, cantor, compositor, tem na bagagem mais de 40 trabalhos entre teatro, cinema televisão, atuando, dirigindo ou escrevendo, além de participações em inúmeros shows.

Neste momento vive Van Gogh, segundo ele,"(...) um grande homem, preocupado em dar à humanidade discernimento e espasmo. Sua loucura é demasiado grande para que a psicologia possa tratá-la. Sua pintura é poesia pura. Sua escritura, pura pintura. E sua carne, resistência e fortaleza".
O monólogo, escrito e interpretado por Camilo, encontra a sua perfeita espacialidade no palco do Tuca Arena, que lhe permite caminhar pelo círculo da vida ali representado, como os girassóis que se voltam em direção ao sol, e que o leva à Casa Amarela, o local onde o pintor holandês imaginava instalar uma comunidade de criação artística, depois de sair de Paris e encontrar a luminosidade da cidade de Arles.

Em cena, as cores, as idéias e o desespero de Van Gogh ganham força e vitalidade e se misturam com a veia pulsante de Gero Camilo.
Imperdível!

domingo, 21 de agosto de 2011

mais de philippe genty



Do sítio http://www.midiorama.com.br/
Philippe Genty, um dos maiores mestres do ilusionismo teatral deste século, o francês Philippe Genty, nascido em 1938, é considerado o criador do moderno teatro de fantoches em todas as suas dimensões.

Artista plástico por formação, Philippe Genty ganhou uma bolsa da UNESCO entre 1962 e 1966 para fazer um documentário sobre as várias manifestações do teatro de fantoches no mundo, quando percorreu lugares insólitos que mais tarde serviriam de base para suas criações. Apresentou seus primeiros espetáculos em cabarés e em programas de TV, e em 1968 fundou a Compagnie Philippe Genty, que rapidamente se tornou um marco ao misturar em suas apresentações vários tipos de fantoches, teatro, dança, mímica, sombras e luzes, música e sons.
Altamente influenciado pelas experiências de bonecos gigantes nos Estados Unidos, incluindo o Bread and Puppet Theatre, Philippe Genty começou gradualmente a usar cada vez mais materiais reciclados para fabricar as suas formas de animação e criação de pequenos bonecos. Suas criações foram desde o início um enorme sucesso, permitindo que sua companhia ficasse rapidamente conhecida por toda a França e, posteriormente, pelo mundo inteiro.
Até o final da década de 80, Genty levou sua arte a quase todo o planeta, em turnês que foram vistas nos Estados Unidos, Japão, África, Austrália, Grã-Bretanha, China, União Soviética, França, América do Sul, Índia, entre outros. Nos anos 80, transformou-se em um autor consagrado, com a criação de espetáculos como Rond comme un cube, Désirs parade, Sigmund Follies, e Dérives. No começo dos anos 90 ganhou o Prêmio da crítica no Festival de Edinburgo e, em 95, criou seu mais famoso espetáculo – Le Voyageur immobile (O Viajante Imóvel).
Em 96 participou do Festival de Adelaide, na Austrália, para o qual criou o espetáculo Passagers clandestins. Pouco depois aliou-se à Exposição Universal de Lisboa, criando e encenando Océans et utopies em um estádio coberto de 10 mil lugares, com 200 atores, bailarinos, artistas de circo e técnicos. “Uma isca para um público que nunca vai ao teatro”, coloca Genty, que teve 525 representações em cinco meses, em um total de três milhões e trezentos mil espectadores.
Em 2000, Genty criou Concert incroyable no quadro da Grande Galeria da Evolução em Paris com 40 coristas e 12 atores-bailarinos. Em 2003 foi a vez de Ligne de Fuite, trabalho experimental em torno da luz, que marcou uma nova colaboração musical com René Aubry e resultou em uma turnê internacional até outubro de 2005. De volta à França, Genty remontou Zigmund Follies e lançou La Fin des Terres, espetáculo como o qual iniciou nova turnê que se estendeu até o fim de 2008. Durante os anos de 2009 e 2010, Genty e sua esposa e parceira desde 1967, Mary Underwood, percorreram novamente o mundo com seus espetáculos e workshops, passando por lugares como a Austrália e a Patagônia, Ásia, Europa e América do Norte.

Outros links:
http://www.youtube.com/watch?v=yYMIpOIii6Y&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=toYCGhdSeI8&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=I3vAFmD9IVY&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=OyIcT_V_TG8&feature=related

compagnie philippe genty - voyageurs lmmobiles (viajantes imóveis)

Um maravilhoso acaso me direcionou para o Teatro Municipal (de São Paulo) em 15 de julho passado que me colocou diante de um segundo acaso: um casal com um ingresso sobrando para um espetáculo cujos ingressos haviam se encerrados há dias. Tratava-se da Cia. francesa Philippe Genty, que eu não conhecia e que me supreendeu como um dos melhores espetáculos que eu vi. Abaixo, uma pequena amostra da parte final da apresentação. Mais abaixo um texto tirado do sítio http://www.midiorama.com.br/



Há mais de três décadas a conceituada Companhia Philippe Genty é responsável por fantásticas criações multidisciplinares, nas quais mistura teatro, dança, música e marionetes. O trabalho é baseado na relação entre o corpo e diferentes objetos, e explorada através de uma linguagem visual original e tocante. As criações da célebre companhia francesa pertencem ao mundo do sonho, onde atores e bailarinos, manipulando marionetes e objetos de várias dimensões, surgem em cena tecendo histórias diante dos olhos do público.

Na criação de seus espetáculos, Genty mantém a exploração da linguagem visual que é a mais marcante característica de sua companhia, refletindo o conflito do homem contra si mesmo e onde a “cena” é o próprio ”inconsciente”.


Na forma de um sonho, o espetáculo não mostra a psicologia de personagens clássicos, “o intuito é mexer com as nossas paisagens interiores, tirar das profundezas de nossos medos essas esperanças selvagens, as vergonhas por desejos reprimidos, esses espaços sem limites, enfrentando o impossível, produzindo choques visuais”, diz Genty.

Em “Viajantes Imóveis”, o espectador deixa de ser um mero observador passivo de um drama ou de uma comédia. Ele é atraído para uma viagem através de uma série de quebra-cabeças, cada um produzindo uma impressão diferente, um eco de suas próprias perguntas ou simplesmente fazendo-o mergulhar em uma desordem inquietante.

No palco, a arte de Genty cria uma ilusão visual, onde os espectadores não sabem se os bonecos estão dando vida aos atores ou vice-versa. Com Genty, os objetos e materiais têm uma alma. Eles representam as nossas paisagens interiores, com nossos momentos de loucura, conflitos e monstros internos. Tudo é possível.

O cenário nunca é realista e está em constante mutação, a idéia, segundo Genty, “é deixar sempre o campo aberto para a imaginação do espectador”. Os personagens surgem em cena – o lugar do inconsciente – para se transformarem, evoluírem e desaparecerem.

Genty começou a imaginar o espetáculo durante uma passagem pelo deserto do Baluquistão, no Paquistão, em 1962




sábado, 6 de agosto de 2011

meia noite em paris

Desse filme não quero falar muito, até porque muito já foi dito. Na realidade, tudo que foi dito, foi dito com meias palavras. Mesmo o trailer não diz mais do que meias palavras e meias imagens, porque esse é um daqueles filmes que ser tagarela estraga as surpresas que Woody Allen nos presenteia nessa viagem por Paris. Embarque! Nem precisa levar bagagens.

gainsbourg

Por aqui foi traduzido por "Gainsbourg - o homem que amava as mulheres" e está em cartaz, ainda, em algumas poucas salas. Serge Gainsbourg , como nos diz Thales de Menezes na crítica com link abaixo, tinha inúmeros predicados para ser biografado e o foi brilhantemente, em filme dirigido por Joann Sfar, um conhecido ilustrador francês, que entre outras coisas, se dedica aos quadrinhos.
Abaixo, então, a crítica de Menezes e o trailer legendado.
http://ancine.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=ultimas&dtlh=24273&iABA=Not%EDcias